terça-feira, 6 de abril de 2010

Stephannye Gonçalves dos Santos

Quem é ela?

Sim, acho que deve ser isso que você está se perguntando. Posso dizer que a essa altura da minha vida estou me perguntando a mesma coisa. Eu a conhecia, mais hoje, quem é ela?
Eu nasci e morei em São Paulo, capital até meus 11 anos de idade. Ela era minha melhor amiga desde quando eu tinha 8 anos.

Lembro-me vagamente do dia da mudança. Estava fazendo sol, céu aberto, com certeza era um dia incomum. Era muito difícil o tempo estar limpo daquela forma em São Paulo. Tenho lembranças remotas das paradas na estrada. Em uma delas uma mulher tentou nos denunciar a sociedade protetora dos animais, e até ela entender que a gente estava de mudança e não tinha aonde levar o "Bobby" (meu vira-latas muito chorão) a não ser na traseira do caminhão e que ele estava chorando porque era escandaloso mesmo, a gente acabou tendo um pouco de trabalho.

Poderia falar de muitas coisas que aconteceram na estrada naquele dia, mais a única que recordo vivamente (fora o relógio que havia derretido no carro) era de ter-me despedido de tudo o que estava ficando para trás com a estrada. Eu não sabia que nunca mais iria falar com ela.

Por que resolvi falar nisso depois de seis anos?

Estava procurando um número na lista telefônica e resolvi procurar pelos números que estavam nos nomes do pai e da mãe dela, ou as pessoas que possivelmente teriam os mesmo nomes.
Encontrei cinco... Não eram nenhum dos quatros, a cada toque que o telefone chamava me dava uma esperança. E cada vez que ninguém a conhecia, eu ficava frustada.
Liguei para os quatros primeiros, que no fim não eram da casa dela. Chegando ao último desisti, achei que seria besteira tentar, logo aquele também não seria.

Mais agora fico pensando, será que logo aquele número que eu não tentei seria o dela?

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